sexta-feira, 2 de maio de 2014



Lágrimas ao vento
     Mais um dia se passa, mais um dia vazio e doloroso se passa. Para Liliya, viver cada dia não é nenhuma conquista ou benção e sim uma tortura. As vezes as pessoas não medem suas palavras ou pensam antes de agir, machucando os outros ao seu redor de maneira catastrófica.
     As vezes tudo é tão frio e opaco, que não faz sentido mostrar sua verdadeira face pro mundo. Nada é de verdade. Liliya é assim. Ninguém, nem mesmo ela, conhecia seu verdadeiro eu. Seus verdadeiros pensamentos e sentimentos. Mas não fazia diferença, ninguém se importava. Ela sempre desperdiçava suas lágrimas com o vento, sempre que se via totalmente só.
    Todo dia era assim. Sorrisos falsos e lágrimas ao vento. Não havia porque ser gentil ou fria, amar ou odiar. As vozes ficavam cada vez mais roucas e inaudíveis. Cores mais foscas e desbotadas. E o desejo de morte e a tentação de desistir só aumentava. Não havia porquê continuar, não que ela soubesse.
    Mas havia sim! Aqueles para quem ela deu esperança lhe retornariam da mesma maneira! Havia sim uma luz no fim do túnel, e essa luz era seus amigos! Ela lutaria por eles como eles lutavam por ela. Liliya encontrara um motivou pra continuar, assim como eu encontrei...

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